jurisprudência que protege os sócios minoritários de exclusões injustas em sociedades limitadas. Fale com um especialista.

A Proteção dos Sócios Minoritários

Introdução

A evolução recente da jurisprudência brasileira destaca uma tendência clara do Judiciário de fortalecer a proteção dos sócios minoritários em sociedades limitadas. Diversas decisões em várias instâncias, incluindo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinaram a reintegração de sócios minoritários excluídos sem a comprovação de falta grave, estabelecendo assim um freio a possíveis abusos por parte dos sócios majoritários. Este artigo explora essa mudança jurisprudencial e sua relevância na aplicação da legislação societária.

A Liberdade de Expressão dos Sócios e os Limites para sua Exclusão

Acreditamos que a nova abordagem jurídica representa um avanço, alinhando-se com práticas internacionais que, em geral, rejeitam a exclusão arbitrária de sócios. Um caso exemplar é o da P4 Engenharia, onde um sócio minoritário, que detinha 40% de participação, foi reintegrado à empresa após exclusão resultante de discordâncias sobre uma proposta de aumento de capital social. A Juíza Andréa Galhardo Palma interpretou que a exclusão só é justificável em caso de falta grave que possa comprometer a atividade empresarial. Divergências entre sócios, no seu entendimento, não configuram justa causa para exclusão (processo nº 1000422-16.2021.8.26.0068).

Interpretação Restritiva do Artigo 1.085 do Código Civil: A Relevância da Justa Causa para Exclusão

O Artigo 1.085 do Código Civil estipula que a exclusão de sócios em uma sociedade limitada deve ocorrer por justa causa, em decorrência de atos de inegável gravidade. Uma interpretação restritiva desse artigo é essencial para prevenir comportamentos oportunistas e para assegurar a preservação das relações societárias. Sob nossa perspectiva, a justa causa para exclusão deve ser claramente definida como ações que comprometem o desenvolvimento dos negócios, e pode ser detalhada no contrato social da empresa, especificando situações que justifiquem a exclusão.

A Visão do STJ e a Consolidação da Nova Jurisprudência

O STJ tem se alinhado a esse entendimento, reforçando em suas decisões a Proteção aos Sócios Minoritários, no sentido de que a exclusão judicial de um sócio demanda a comprovação de justa causa e não apenas a alegação de quebra da affectio societatis (REsp 1.129.222-PR). Segundo nossos especialistas, tais decisões corroboram o que está disposto no Código Civil e enfatizam a necessidade de comprovação de justa causa para a exclusão de sócios, desestimulando práticas oportunistas e fortalecendo o relacionamento entre os sócios.

A Garantia Constitucional de Não Permanecer Associado

É importante notar que, caso o sócio minoritário deseje se desvincular da sociedade, ele tem a garantia constitucional de não permanecer associado. Nessa situação, o sócio pode simplesmente vender suas quotas. No entanto, para excluir um sócio, é necessário demonstrar a existência de justa causa.

Conclusão

A recente evolução da jurisprudência brasileira em relação à exclusão de sócios minoritários de sociedades limitadas é um marco importante no direito societário, refletindo um maior entendimento dos direitos e deveres dos sócios e da legislação aplicável, dando mais Proteção aos Sócios Minoritários. A exigência de justa causa para a exclusão de sócios minoritários protege esses sócios de possíveis abusos por parte dos sócios majoritários, e promove um ambiente de negócios mais saudável e produtivo.

Esta tendência jurisprudencial, em conformidade com a legislação e práticas internacionais, contribui para a segurança jurídica, protegendo os direitos dos sócios minoritários, assegurando a expressão livre de suas opiniões e respeitando os princípios que orientam a vida em sociedade. A valorização da justa causa na exclusão de sócios e a observância dos direitos e garantias constitucionais, como a liberdade de associação, representam avanços significativos no direito societário brasileiro.

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Fale com um Advogado especialista sobre a tese dos 20 salários-mínimos pelo e como pode afetar a carga tributária das empresas brasileiras.

Tese dos 20 Salários-Mínimos

Introdução

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisa o julgamento da tese dos 20 salários-mínimos, com impacto significativo na carga tributária das empresas brasileiras. A controvérsia aborda a Lei 6.950/1981 e a limitação da base de cálculo das contribuições a terceiros. Neste artigo, examinamos o contexto jurídico, as implicações empresariais e o posicionamento do STJ.

Contexto jurídico e processual

Os Recursos Especiais (REsp) 1898532/CE e 1905870/PR, agrupados sob o Tema 1079, estão sob análise do STJ. Devido à relevância econômica e ao volume de ações, a Primeira Seção decidiu julgar a matéria sob o rito de recursos repetitivos, suspendendo processos em trâmite até uma decisão definitiva.

A controvérsia e seu impacto nas empresas

A discussão gira em torno da validade do parágrafo único do artigo 4º da Lei 6.950/1981, limitando a base de cálculo das contribuições a terceiros em 20 salários-mínimos. Se o STJ considerar essa limitação válida, a carga tributária sobre a folha de pagamento das empresas será reduzida.

A maioria das empresas brasileiras com folha de pagamentos e sujeitas ao recolhimento das contribuições a terceiros, como INCRA, SEBRAE, FNDE, SESI e SENAI, são afetadas pela discussão. A controvérsia também se aplica às empresas beneficiadas pela desoneração da folha, que não abrange contribuições a terceiros.

Posicionamento do STJ em decisões anteriores

Desde 2008, o STJ emitiu decisões sobre a questão, com precedentes favoráveis aos contribuintes. A Primeira Turma, no REsp 953.742/SC, entendeu que o teto de 20 salários-mínimos deveria ser respeitado. Ainda assim, a Corte Superior não consolidou uma posição definitiva, justificando o julgamento sob recursos repetitivos.

Conclusão

O julgamento do STJ sobre o limite de 20 salários-mínimos na base de cálculo das contribuições a terceiros é crucial para as empresas brasileiras e pode impactar a carga tributária sobre a folha de pagamento.

A decisão do STJ proporcionará segurança jurídica e uniformidade na interpretação do parágrafo único do artigo 4º da Lei 6.950/1981. A confirmação do limite de 20 salários-mínimos reduziria a carga tributária, aliviando financeiramente muitas empresas.

Caso o STJ entenda que a limitação não é aplicável, as empresas continuarão recolhendo contribuições a terceiros com base no total da folha de pagamento. Independentemente do resultado, o julgamento contribuirá para a estabilização do entendimento jurisprudencial e a redução de controvérsias futuras.

As empresas devem acompanhar o andamento do processo e consultar seus advogados para analisar os impactos do julgamento em suas operações e a possibilidade de reaver valores pagos a maior, caso a decisão seja favorável aos contribuintes.

É importante ressaltar que, até o presente momento, não há previsão de inclusão em pauta para o julgamento do Tema 1079. Portanto, os interessados devem permanecer atentos às atualizações e ao desenrolar dos acontecimentos no âmbito do STJ.

Se este assunto lhe interessou, entre em contato conosco. Acompanhar o julgamento da tese dos 20 salários-mínimos é crucial para as empresas brasileiras, pois pode impactar significativamente a carga tributária e a saúde financeira de muitos negócios no país.

Aprenda com um advogado as diferenças entre o divórcio judicial e extrajudicial, suas vantagens e desvantagens, e o passo a passo de cada processo. Entenda a legislação aplicável e como escolher a melhor opção para a sua situação.

Divórcio Judicial e Extrajudicial: Entenda as Diferenças, Vantagens e Desvantagens

Introdução

O divórcio é uma realidade cada vez mais presente na vida de muitos casais. Com o intuito de facilitar e agilizar este processo, o Brasil permite duas modalidades de divórcio: o judicial e o extrajudicial. Ambos têm suas particularidades, vantagens e desvantagens, e é fundamental conhecê-las antes de tomar uma decisão. Neste artigo, abordaremos as características de cada tipo de divórcio, citando a legislação pertinente, e apresentaremos um passo a passo para cada processo.

Divórcio Judicial

O divórcio judicial é aquele que ocorre perante o Poder Judiciário, sendo necessário recorrer à Justiça para solucionar questões envolvendo a dissolução do casamento. A Lei nº 11.441/2007, Código Civil e o Código de Processo Civil (CPC) são as principais normas que regulamentam esse procedimento.

1.1. Características do Divórcio Judicial

O divórcio judicial é indicado para os casos em que há conflitos entre as partes, como, por exemplo, a divisão de bens, guarda de filhos e pensão alimentícia. É necessário que ao menos um dos cônjuges seja representado por um advogado ou defensor público.

1.2. Vantagens e Desvantagens do Divórcio Judicial

Vantagens:

  • A Justiça pode garantir a proteção dos direitos de ambas as partes, como a partilha de bens e a guarda dos filhos.
  • A decisão judicial é obrigatória, garantindo o cumprimento das determinações legais.

Desvantagens:

  • O processo judicial é, geralmente, mais demorado em comparação ao extrajudicial.
  • Pode ser mais oneroso, uma vez que envolve custas processuais e honorários advocatícios.

1.3. Passo a Passo do Divórcio Judicial

  1. Contratar um advogado ou procurar a Defensoria Pública.
  2. Reunir todos os documentos necessários.
  3. Ajuizar a ação de divórcio perante o juízo competente.
  4. Realizar audiências e apresentar provas, se necessário.
  5. Aguardar a sentença do juiz que oficializará o divórcio.
  6. Divórcio Extrajudicial

Divórcio Extrajudicial

O divórcio extrajudicial é realizado por meio de escritura pública em cartório, sem a necessidade de envolver o Poder Judiciário. A Lei nº 11.441/2007 também é a norma que regulamenta essa modalidade de divórcio.

2.1. Características do Divórcio Extrajudicial

O divórcio extrajudicial é aplicável quando o casal está em comum acordo e não possui filhos menores ou incapazes. Também é obrigatória a presença de um advogado, que pode representar ambos os cônjuges.

2.2. Vantagens e Desvantagens do Divórcio Extrajudicial

Vantagens:

  • É mais rápido e menos burocrático que o divórcio judicial.
  • Pode ser menos custoso, uma vez que envolve apenas as despesas cartorárias e os honorários do advogado.

Desvantagens:

  • Só pode ser realizado se houver consenso entre as partes e se não houver filhos menores ou incapazes.
  • Em caso de discordância futura, pode ser necessário recorrer ao Judiciário.

2.3. Passo a Passo do Divórcio Extrajudicial

  1. Contratar um advogado ou procurar a Defensoria Pública.
  2. Reunir todos os documentos necessários.
  3. Elaborar o acordo prévio entre os cônjuges, contemplando a partilha de bens, pensão alimentícia (se houver) e outros aspectos relevantes.
  4. Comparecer ao cartório de notas com o advogado e as partes para lavrar a escritura pública de divórcio.
  5. Registrar a escritura no Cartório de Registro Civil onde o casamento foi celebrado e, se houver, no Cartório de Registro de Imóveis competente.

Conclusão

Escolher entre o divórcio judicial e o extrajudicial depende das circunstâncias específicas de cada casal. O divórcio extrajudicial é mais rápido e menos burocrático, mas só é aplicável em casos de consenso e na ausência de filhos menores ou incapazes. Já o divórcio judicial pode ser mais demorado e custoso, mas garante a proteção dos direitos das partes em casos de conflitos.

É importante contar com o apoio de um advogado especializado para orientar na escolha da modalidade mais adequada e auxiliar no processo de divórcio, garantindo que os interesses de ambas as partes sejam respeitados e que a legislação pertinente seja seguida.

Associações. Advogado.

Associações: Legislação, Características e Cuidados Importantes

Introdução

As associações civis são entidades sem fins lucrativos, formadas por pessoas que se unem voluntariamente para atingir objetivos comuns, como culturais, recreativos, assistenciais e educacionais. Neste artigo, abordaremos a legislação brasileira que regula as associações, suas principais características, o processo de criação, funcionamento e extinção, e os cuidados que os associados e diretores devem ter ao gerir uma associação.

Legislação Brasileira e Associações

No Brasil, as associações são reguladas principalmente pelo Código Civil (Lei nº 10.406/2002), nos artigos 53 a 61. Além disso, outras leis e normas específicas podem ser aplicáveis a associações de determinados setores ou atividades.

Características das Associações

Algumas características das associações no Brasil incluem:

  • Personalidade jurídica própria, distinta de seus associados;
  • Ausência de fins lucrativos;
  • Constituição por pessoas físicas ou jurídicas que compartilhem objetivos comuns;
  • Liberdade de adesão e desligamento dos associados;
  • Estatutos próprios que regem sua organização e funcionamento.

Criação de Associações

Para criar uma associação no Brasil, é necessário seguir os seguintes passos:

  1. Elaboração do estatuto: O estatuto deve conter informações como a denominação, sede, objetivos, prazo de duração, forma de constituição dos órgãos diretivos e suas atribuições, requisitos para admissão, demissão e exclusão dos associados, e disposições sobre a destinação do patrimônio em caso de dissolução.
  2. Realização de uma assembleia geral de fundação: Nesta reunião, os associados fundadores devem aprovar o estatuto e eleger os membros dos órgãos diretivos e do conselho fiscal.
  3. Registro do estatuto em cartório: A associação deve registrar o estatuto no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas competente.
  4. Obtenção do CNPJ: Após o registro, a associação deve solicitar a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
  5. Funcionamento e Extinção de Associações

O funcionamento das associações é regido pelos estatutos e pelas normas aplicáveis. A extinção de uma associação ocorre mediante dissolução, que pode ser voluntária (decidida pelos associados) ou compulsória (determinada por decisão judicial). Em caso de dissolução, o patrimônio remanescente deve ser destinado a outra entidade com finalidade semelhante, conforme previsto no estatuto.

Cuidados para Associados e Diretores

Os associados e diretores devem estar atentos a diversos aspectos na gestão de uma associação:

  • Cumprimento da legislação e normas aplicáveis, incluindo obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias;
  • Manutenção da transparência na administração e na prestação de contas, garantindo que os associados e autoridades competentes tenham acesso às informações relevantes sobre a associação;
  • Atualização e revisão periódica dos estatutos, de modo a adequá-los às necessidades da associação e à legislação vigente;
  • Promoção de uma gestão participativa, envolvendo os associados nas tomadas de decisão e na elaboração de projetos e atividades;
  • Condução das atividades da associação em conformidade com os objetivos estabelecidos no estatuto, evitando desvios de finalidade;
  • Responsabilidade dos diretores na administração dos recursos e patrimônio da associação, agindo com diligência e cuidado para evitar prejuízos e responsabilizações pessoais.

Conclusão

As associações são entidades fundamentais na sociedade brasileira, contribuindo para o desenvolvimento de diversos setores e atividades. Compreender a legislação e as características das associações, bem como os cuidados necessários na sua gestão, é fundamental para garantir seu sucesso e a realização de seus objetivos. Os associados e diretores devem estar sempre atentos às responsabilidades e obrigações inerentes ao gerenciamento de uma associação, buscando sempre agir em conformidade com a legislação e os princípios éticos e de transparência.

Nesse sentido, a associação, por meio de sua diretoria, sempre deve pautar a tomada de decisões com suporte jurídico especializado.

Caso tenha interesse, entre em contato conosco.

Entenda as responsabilidades dos sócios no Direito Societário. Consulte um advogado especialista e descubra os riscos envolvidos.

Direito Societário: Responsabilidades dos Sócios

Introdução

O Direito Societário é um ramo do direito que tem como objetivo regular a constituição, funcionamento e extinção das sociedades empresariais e a responsabilidades que os sócios podem ter.

Um dos aspectos mais relevantes nessa área é a responsabilidade dos sócios em relação às obrigações da sociedade. Neste artigo, abordaremos os principais aspectos relacionados à responsabilidade dos sócios nas diferentes formas societárias, analisando como a legislação brasileira estabelece os limites e condições dessa responsabilidade.

Responsabilidades dos sócios nas sociedades limitadas

A sociedade limitada, regulada pelo Código Civil (Lei nº 10.406/2002), é uma das formas societárias mais comuns no Brasil. Nesse tipo de sociedade, a responsabilidades dos sócios é limitada à contribuição de cada um para o capital social da empresa.

De acordo com o art. 1.052 do Código Civil, os sócios não respondem, em regra, com seus bens pessoais pelas dívidas da sociedade. Entretanto, em casos de descumprimento de obrigações tributárias (art. 135 do CTN), trabalhistas (art. 855-A da CLT) ou cíveis, a Justiça pode entender que os sócios devem responder subsidiariamente e de forma ilimitada, conforme art. 50 do Código Civil, em casos de desvio de finalidade ou confusão patrimonial.

Responsabilidades dos sócios nas sociedades anônimas

As sociedades anônimas são reguladas pela Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A). Nessa forma societária, o capital é dividido em ações, e a responsabilidades dos sócios (acionistas) é limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.

Assim, na sociedade anônima, o patrimônio pessoal dos sócios, em princípio, não é comprometido para o pagamento de dívidas da empresa. No entanto, em casos de abuso de poder, infração à lei ou ao estatuto, ou atos praticados com culpa ou dolo, os administradores da sociedade anônima podem ser responsabilizados pessoalmente, conforme art. 158 da Lei das S/A.

Responsabilidades dos sócios nas sociedades simples

A sociedade simples, também regulada pelo Código Civil, tem como característica a prestação de serviços de natureza não empresarial. Nessa forma societária, a responsabilidade dos sócios pode ser solidária ou subsidiária, dependendo do tipo de cláusula prevista no contrato social.

No caso de sociedades simples puras (art. 997 a 1.038 do Código Civil), os sócios respondem de forma solidária e ilimitada pelas obrigações sociais. Já nas sociedades simples limitadas, a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social (art. 1.052 do Código Civil).

Conclusão

A responsabilidade dos sócios nas diferentes formas societárias é um tema complexo e de grande importância no Direito Societário. Conhecer os limites e condições dessa responsabilidade é fundamental para a tomada de decisões na constituição, organização e administração de uma empresa.

É importante ressaltar que a legislação brasileira busca equilibrar a necessidade de proteger os sócios de responsabilidades excessivas e, ao mesmo tempo, garantir a segurança dos credores e terceiros que se relacionam com a empresa. Nesse sentido, a responsabilidade dos sócios pode ser ampliada em casos específicos, como fraude, abuso de poder, desvio de finalidade ou confusão patrimonial, conforme previsto nos dispositivos legais mencionados.

Por fim, é fundamental que os sócios estejam cientes de suas responsabilidades e dos riscos inerentes à atividade empresarial. A adoção de práticas transparentes, conformidade legal e boa governança corporativa pode minimizar os riscos de responsabilização pessoal e proteger o patrimônio dos sócios.

Orientar-se com um advogado especializado em Direito Societário é uma medida prudente e recomendável para quem busca compreender melhor as implicações da responsabilidade dos sócios e garantir a conformidade com a legislação vigente.

Caso tenha interesse no assunto, agenda uma consulta com um de nossos especialistas.

A Atuação do Advogado nos Tribunais Superiores: STF e STJ, requer especialização e habilidades específicas para garantir o êxito.

O Advogado nos Tribunais Superiores: STF e STJ

Introdução

A advocacia nos Tribunais Superiores, especificamente no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), demanda uma atuação especializada e estratégica por parte dos advogados. Este artigo analisa a importância do papel dos advogados na atuação eficaz e bem-sucedida nos casos levados ao STF e STJ, e as habilidades necessárias para tal.

  1. O papel dos Tribunais Superiores no sistema jurídico brasileiro

O STF e o STJ ocupam posições de destaque no sistema jurídico brasileiro. Os Tribunais Superiores, como o STF, guardião da Constituição Federal, e o STJ, responsável por uniformizar a interpretação das leis federais, é crucial para garantir a segurança jurídica no país.

  1. A importância da especialização na atuação em Tribunais Superiores

A complexidade das questões analisadas nos Tribunais Superiores, STF e STJ, requer uma atuação especializada do advogado, com conhecimento aprofundado em Direito Constitucional e Administrativo. A preparação de recursos e ações no STF e STJ demanda análise criteriosa e identificação de teses jurídicas adequadas.

Nesse sentido, a atuação do advogado nos Tribunais Superiores: STF e STJ, é de fundamental importância para garantir a segurança jurídica e os direitos de toda a sociedade.

  1. Recursos e ações nos Tribunais Superiores: estratégias e desafios

A atuação do advogado nos Tribunais Superiores, STF e STJ, envolve elaboração e acompanhamento de recursos extraordinários e especiais, ADIs, ADCs, mandados de segurança e habeas corpus. Essas medidas exigem do advogado um planejamento detalhado e estratégia jurídica bem fundamentada nos Tribunais Superiores.

  1. A argumentação jurídica e a persuasão nos Tribunais Superiores

Nos Tribunais Superiores, STF e STJ, a atuação do advogado vai além da elaboração de peças processuais. O profissional deve desenvolver argumentação jurídica sólida e persuasiva, capaz de convencer os ministros da relevância das teses apresentadas nos Tribunais Superiores.

  1. A ética e o compromisso com a justiça na atuação em Tribunais Superiores

A advocacia nos Tribunais Superiores, STF e STJ, exige compromisso ético e postura profissional compatível com a relevância dessas instâncias judiciárias. O advogado deve buscar a justiça e a defesa dos direitos e interesses de seus clientes no âmbito do STF e STJ.

Conclusão

A atuação do advogado nos Tribunais Superiores, STF e STJ, é uma tarefa complexa que demanda conhecimento técnico, habilidades específicas e compromisso ético. O sucesso nos casos depende da capacidade do profissional em elaborar estratégias jurídicas sólidas e adaptar-se aos desafios apresentados pelos Tribunais Superiores. A especialização e aprimoramento contínuo são fundamentais para garantir eficiência e sucesso na defesa dos direitos e interesses dos clientes no âmbito do STF e STJ.

Explore a importância de um advogado para pequenas empresas no Brasil: prevenção de riscos, soluções jurídicas e crescimento sustentável.

ICMS na Transferência de Mercadorias

Introdução

Em uma decisão histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento envolvendo a cobrança de ICMS na transferência de mercadorias entre estabelecimentos de um mesmo contribuinte situados em diferentes Estados. A discussão, que teve impacto bilionário no setor varejista, determinou que a cobrança estaria proibida a partir de 2024, por um placar apertado de 6 votos a 5.

Contexto

A decisão, tomada em abril de 2021, afirmou que os Estados não podiam cobrar o imposto nas transferências de mercadorias (ADC 49). No entanto, essa decisão gerou um efeito colateral: alterava os créditos tributários aos quais as empresas têm direito e utilizam para abater dos pagamentos do imposto. Isso porque o regime do ICMS é não cumulativo, o que significa que o valor pago na etapa anterior serve como crédito para abater na etapa subsequente.

A controvérsia levou a discussões no STF, que tratou do “efeito colateral” por meio de embargos de declaração. Os ministros precisavam definir a validade da decisão que derrubou a cobrança de ICMS e, mais importante, a regulamentação do uso dos créditos.

O Julgamento e a Decisão

O entendimento do Ministro Edson Fachin prevaleceu na Corte, sendo acompanhado pelos Ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Rosa Weber. A outra opção, defendida pelo Ministro Dias Toffoli, propunha que a decisão proibindo a cobrança do ICMS tivesse eficácia após 18 meses contados da data de publicação da ata de julgamento dos embargos de declaração. Além disso, sugeriu que a regulamentação do regime de transferência dos créditos de ICMS entre os estabelecimentos de um mesmo titular fosse atribuição de uma lei complementar.

Os ministros decidiram ainda que os Estados têm até o fim do ano para disciplinar o uso dos créditos acumulados. Caso isso não ocorra, os contribuintes ficarão liberados para fazer as transferências sem ressalvas e limitações.

Impacto no Varejo e Críticas à Decisão

Segundo um parecer da Tendências Consultoria Integrada, as dez maiores empresas do varejo do país corriam o risco de perder R$ 5,6 bilhões em créditos tributários por ano, dependendo da decisão tomada na Corte. Ainda não há informações sobre possíveis perdas geradas pela decisão atual.

Advogados criticaram o fato de a regulamentação do uso dos créditos ficar nas mãos dos Estados, argumentando que isso cria um ambiente de insegurança para as companhias. Tal sistemática gera o risco de uma nova guerra fiscal na disciplina desse assunto.

Considerando a decisão do Supremo Tribunal Federal e as preocupações levantadas por advogados tributaristas, é fundamental analisar a fundo a questão da cobrança de ICMS na transferência de mercadorias entre estabelecimentos de um mesmo contribuinte em diferentes estados.

A decisão do STF, de proibir a cobrança de ICMS nessas transferências a partir de 2024, traz consigo um impacto considerável para o setor varejista, uma vez que afeta o fluxo de caixa das empresas e o uso de créditos tributários. No entanto, a principal preocupação dos advogados reside na competência dos estados para regulamentar o uso dos créditos acumulados.

A insegurança gerada por essa competência estadual pode ser explicada pela possibilidade de divergências na regulamentação entre os estados, podendo gerar uma nova guerra fiscal no país. Tal cenário poderia prejudicar tanto as empresas quanto a arrecadação dos estados, uma vez que a falta de harmonia nas legislações estaduais geraria incertezas e dificuldades no planejamento tributário das companhias.

Os contribuintes que ajuizaram ações sobre essa questão até abril de 2021 – data em que foi publicada a decisão de mérito -, não pode mais haver cobrança já neste ano de 2023.

Nesse sentido, é importante lembrar que o ICMS é um imposto não cumulativo, o que significa que o valor pago na etapa anterior de aquisição da mercadoria serve como crédito para abater na etapa subsequente. Com a decisão do STF, o uso do crédito ficaria restrito ao estado de saída da mercadoria, o que poderia gerar desequilíbrio no fluxo de caixa das empresas.

Diante desse cenário, seria mais adequado que a regulamentação do regime de transferência dos créditos de ICMS entre estabelecimentos de um mesmo titular fosse realizada por uma lei complementar, conforme proposto pelo ministro Dias Toffoli. Essa abordagem conferiria maior segurança jurídica e uniformidade na aplicação da norma, evitando possíveis discrepâncias entre as legislações estaduais e reduzindo os riscos de uma guerra fiscal.

Conclusão

Em conclusão, a decisão do STF em relação à cobrança de ICMS na transferência de mercadorias entre estabelecimentos de um mesmo contribuinte em diferentes estados é relevante e possui impacto bilionário para o varejo. No entanto, é essencial que se busque maior segurança jurídica e uniformidade na regulamentação do uso dos créditos acumulados, a fim de evitar possíveis conflitos entre os estados e garantir um ambiente mais estável para as empresas.

Contratos empresariais, suas características e tipos comuns. Como o advogado empresarial é fundamental na confecção dos contratos.

Contratos Empresariais

Introdução

Os contratos empresariais são instrumentos jurídicos que visam proporcionar segurança e transparência em acordos entre entidades corporativas. Esses contratos desempenham um papel crucial em diversos cenários no mundo dos negócios, como na aquisição e venda, colaborações com parceiros e contratação de mão de obra ou tecnologia. Ao formalizar um contrato, as partes envolvidas devem cumprir todas as cláusulas acordadas, garantindo, assim, a integridade nas relações corporativas. Neste artigo, exploraremos os contratos empresariais, a cláusula de exclusividade e outros aspectos relevantes.

Fundamentos dos Contratos Empresariais

Os contratos empresariais são acordos jurídicos que estabelecem direitos e obrigações mútuas entre entidades jurídicas. Embora não haja uma legislação específica para contratos empresariais, a principal legislação e de onde deriva grande parte dos fundamentos contratuais é o Código Civil, podendo-se extrair de lá uma teoria geral dos contratos empresariais aplicando as normas contratuais cíveis no âmbito das transações corporativas.

Outras legislações também são utilizadas na ora de confeccionar um contrato empresarial, tais como a Lei das Franquias, Lei das Marcas e Patentes, Lei da Concessão Comercial etc.

Assim, quando se pensa nas características dos contratos empresariais, é importante garantir que as partes cumpram os compromissos assumidos durante as negociações. Para isso, é necessário delimitar claramente as partes envolvidas, o objeto do contrato e as regras sobre o cumprimento das obrigações.

Cláusula de Exclusividade nos Contratos Empresariais

A cláusula de exclusividade nos contratos empresariais tem como objetivo limitar a atuação de uma das partes em relação aos concorrentes da outra parte, de modo a não prejudicar a empresa contratante. Essa cláusula deve ser limitada espacial e temporalmente.

Exemplos de cláusulas de exclusividade incluem contratos entre uma concessionária de telefonia e uma pequena empresa, ou entre um fabricante e um distribuidor que atua em uma região específica.

Princípios dos Contratos Empresariais

Os contratos empresariais são regidos por princípios fundamentais, tais como:

  1. Boa-fé objetiva: espera-se que ambas as partes ajam de maneira ética durante todo o ciclo de vida do contrato.
  2. Função social do contrato: limita a autonomia das partes para garantir a função social do contrato, que vai além dos interesses individuais das partes.
  3. Obrigatoriedade dos contratos (pacta sunt servanda): o contrato é lei entre as partes, uma vez que foi estabelecido livremente, e deve ser cumprido.
  4. Autonomia da vontade: refere-se à liberdade das partes em celebrar um acordo, desde que tenham capacidade jurídica para fazê-lo.
  5. Relatividade dos efeitos do contrato: o contrato tem efeito apenas entre as partes envolvidas, sem vincular ou afetar terceiros.
  6. Equilíbrio econômico-financeiro do contrato: as partes devem buscar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato durante sua vigência, o que permite a revisão de cláusulas caso uma obrigação se torne excessivamente onerosa para uma
  7. das partes.
  8. Compreendidos os princípios, passemos aos diferentes tipos de contratos empresariais e suas características.

Quais são os tipos de contratos empresariais?

A diversidade de contratos empresariais reflete a complexidade das relações no mundo corporativo. Embora cada contrato tenha suas particularidades, é possível identificar algumas categorias principais:

Contrato de compra e venda

O contrato de compra e venda empresarial tem um propósito econômico e pode envolver a aquisição de bens ou serviços. Por exemplo, um contrato de fornecimento em que uma empresa adquire insumos de outra em troca de pagamento e por um período determinado. Outro exemplo comum é o contrato de compra e venda de um estabelecimento comercial.

Contratos de trabalho

Os contratos de trabalho regulam a contratação de funcionários para desempenhar atividades na empresa. No Brasil, o contrato de trabalho por tempo indeterminado, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é o mais comum. Existem outros tipos de contratos de trabalho, como o contrato intermitente e o contrato por prazo determinado.

Contratos de consumo

Os contratos de consumo são aqueles que regem as relações entre empresas e consumidores finais, com base no Código de Defesa do Consumidor. Esses contratos também podem ser aplicáveis a relações entre empresas de diferentes portes, como no caso de uma empresa menor contratando serviços essenciais de uma grande companhia, como fornecimento de energia elétrica ou serviços bancários.

Contratos comerciais

Contratos comerciais são acordos firmados entre empresários e são regidos pelas normas do Direito Comercial e do Código Civil. Em geral, prevalecem as cláusulas negociadas livremente entre as partes, sempre respeitando os princípios dos contratos empresariais. Contratos bancários, de investidores e entre fornecedores são exemplos de contratos comerciais.

Contratos de insumos

Contratos de insumos envolvem a aquisição de bens ou serviços necessários para a operação da empresa. Exemplos incluem contratos de locação comercial, fornecimento de energia elétrica e fornecimento de matéria-prima. Outra modalidade de contrato de insumos é o leasing ou arrendamento mercantil, no qual a empresa utiliza um imóvel ou equipamento por um período determinado.

Contratos de tecnologia

Contratos de tecnologia abrangem aspectos relacionados à tecnologia, propriedade industrial e intelectual e inovação. Incluem contratos de licenciamento de patentes, transferência de tecnologia e registro de marca. A cláusula de exclusividade é comum nesse tipo de contrato empresarial.

Contratos administrativos

Contratos administrativos ocorrem quando há uma relação entre uma empresa e o Poder Público, seja Federal, Estadual ou Municipal. Esses contratos são regidos pelo regime jurídico-administrativo, com regras específicas para orientar a atuação da Administração Pública.

Contratos de agência e de distribuição

Contratos de agência e de distribuição são comuns em determinados segmentos de negócio. No contrato de agência, uma empresa atua em benefício de outra, mediante remuneração, sem subordinação hierárquica, em uma zona específica e por um período determinado. A empresa agente geralmente realiza negociações e representações comerciais em nome da empresa representada, facilitando a venda de produtos ou serviços.

Já o contrato de distribuição envolve uma empresa (distribuidora) que adquire produtos ou serviços de outra empresa (fornecedora) e os revende para terceiros, geralmente consumidores finais ou outros revendedores. A distribuidora geralmente assume o risco de mercado, sendo responsável por estabelecer sua própria estratégia de vendas e preços.

Contratos de franquia

No contrato de franquia, uma empresa (franqueadora) concede a outra (franqueada) o direito de usar sua marca, modelo de negócio, know-how e suporte, em troca de uma taxa inicial e royalties periódicos. Esse tipo de contrato é especialmente comum em redes de varejo, alimentação e serviços.

Contratos de parceria

Contratos de parceria são acordos em que duas ou mais partes se unem para realizar um projeto ou negócio conjunto, compartilhando riscos, responsabilidades, recursos e benefícios. Existem diversos tipos de parcerias, como joint ventures, parcerias público-privadas e parcerias estratégicas.

Contratos de prestação de serviços

Contratos de prestação de serviços são acordos em que uma empresa (prestadora) se compromete a realizar determinadas atividades ou serviços para outra empresa (tomadora), mediante remuneração. Exemplos incluem serviços de consultoria, manutenção, marketing e transporte.

Contratos de confidencialidade (NDA)

Os contratos de confidencialidade, também conhecidos como Non-Disclosure Agreements (NDA), são acordos em que as partes se comprometem a não divulgar informações confidenciais compartilhadas entre elas, como segredos comerciais, estratégias de negócio e informações financeiras. Esse tipo de contrato é especialmente importante em negociações, fusões, aquisições e parcerias.

É importante lembrar que cada contrato empresarial deve ser cuidadosamente elaborado e negociado, levando em consideração as particularidades e necessidades das partes envolvidas. A assessoria jurídica é fundamental para garantir que os contratos sejam eficientes, justos e em conformidade com a legislação vigente.

Contratos de licença de uso de software

Esses contratos são acordos entre uma empresa desenvolvedora de software (licenciante) e uma empresa usuária (licenciada) que estabelecem os termos e condições para o uso do software. Geralmente, incluem informações sobre a propriedade intelectual, restrições de uso, suporte técnico, garantias e limitações de responsabilidade.

Contratos de locação

Contratos de locação são acordos em que uma parte (locador) concede a outra parte (locatário) o direito de usar um bem imóvel ou móvel por um período determinado, mediante pagamento de aluguel. Esses contratos são comuns em negócios que necessitam de instalações, equipamentos ou veículos para suas operações.

Contratos de consórcio

No contrato de consórcio, duas ou mais empresas se unem para realizar um projeto específico, geralmente de grande porte, compartilhando recursos, conhecimentos e responsabilidades. Os consórcios são comuns em projetos de infraestrutura, construção civil e indústria.

Contratos de factoring

Contratos de factoring são acordos em que uma empresa (factor) adquire direitos creditórios de outra empresa (faturizada) em troca de uma taxa ou desconto. Esse tipo de contrato é utilizado por empresas que necessitam de liquidez imediata e estão dispostas a vender suas contas a receber por um valor menor que o total devido.

Contratos de cessão de crédito

A cessão de crédito é um contrato em que uma parte (cedente) transfere seus direitos creditórios a outra parte (cessionária), que passa a ser a titular do crédito. Essa transferência pode ser realizada por diversos motivos, como reestruturação de dívidas, financiamento ou investimento.

Em qualquer relação empresarial, é fundamental que os contratos sejam elaborados de forma clara, detalhada e personalizada, levando em consideração as especificidades de cada situação e as necessidades das partes envolvidas. A consulta a advogados especializados é essencial para garantir que os contratos sejam válidos, eficazes e em conformidade com a legislação aplicável.

Como fazer um contrato empresarial?

Elaborar um contrato empresarial eficaz é fundamental para garantir a segurança jurídica, a clareza das obrigações e os direitos de todas as partes envolvidas. Veja a seguir um guia passo a passo de como criar um contrato empresarial:

  1. Identificação das partes

Comece por identificar claramente as partes envolvidas no contrato, incluindo seus nomes completos, endereços, números de identificação fiscal e quaisquer outros dados relevantes. É importante que cada parte seja claramente identificável no contrato.

  1. Objeto do contrato

Defina o objeto do contrato, ou seja, o propósito do acordo. Descreva detalhadamente as atividades, produtos ou serviços que serão realizados ou fornecidos no âmbito do contrato, garantindo que todos os elementos essenciais estejam incluídos.

  1. Prazo de vigência

Estabeleça o prazo de vigência do contrato, ou seja, o período durante o qual o contrato será válido. O prazo pode ser determinado (com uma data de início e término) ou indeterminado. Se o contrato for indeterminado, deve-se estipular as condições para rescisão e renovação do contrato.

  1. Obrigações das partes

Descreva detalhadamente as obrigações de cada uma das partes envolvidas no contrato. Isso inclui a descrição dos serviços ou produtos a serem entregues, prazos para entrega, condições de pagamento, garantias, direitos e deveres de ambas as partes.

  1. Preço e forma de pagamento

Determine o preço dos produtos ou serviços e estabeleça a forma de pagamento, que pode incluir pagamentos à vista, parcelados, por meio de transferência bancária, cartão de crédito, entre outros. Especifique também os prazos para pagamento e as consequências em caso de atraso.

  1. Cláusulas específicas

Inclua cláusulas específicas que sejam relevantes para o tipo de contrato em questão, como cláusulas de confidencialidade, não concorrência, propriedade intelectual, indenização, força maior, entre outras. Essas cláusulas devem ser adaptadas às necessidades específicas de cada negócio e situação.

  1. Resolução de conflitos

Estabeleça um mecanismo para resolução de conflitos entre as partes, como mediação, arbitragem ou litígio judicial. Especifique o local e a legislação aplicável para a resolução de disputas.

  1. Rescisão e rescisão antecipada

Defina as condições para rescisão do contrato, bem como as consequências da rescisão para ambas as partes. Inclua cláusulas de rescisão antecipada, se aplicável, descrevendo as condições em que o contrato pode ser encerrado antes do prazo estabelecido e as penalidades correspondentes.

  1. Assinaturas

Certifique-se de que todas as partes envolvidas no contrato assinem e datem o documento. Se possível, é aconselhável que as assinaturas sejam reconhecidas em cartório.

  1. Consulta a advogados especializados

A elaboração de um contrato empresarial pode ser complexa, e é fundamental contar com a orientação de advogados especializados na área para garantir que todos os aspectos legais sejam adequadamente abordados. Consulte um profissional jurídico antes de finalizar o contrato para garantir que ele atenda às necessidades específicas do seu negócio e esteja em conformidade com a legislação aplicável.

  1. Revisão periódica

É importante revisar periodicamente os contratos empresariais para garantir que eles continuem adequados às necessidades das partes e às mudanças nas leis e regulamentações. Estabeleça um processo de revisão e atualização dos contratos sempre que necessário, com o auxílio de profissionais especializados.

  1. Armazenamento e cópias

Mantenha cópias físicas e digitais do contrato assinado em local seguro e de fácil acesso. Assegure-se de que ambas as partes envolvidas no contrato possuam cópias do documento e estejam cientes de suas obrigações e direitos.

Ao seguir esses passos, você estará mais preparado para criar contratos empresariais eficazes e que protejam os interesses de todas as partes envolvidas. Lembre-se de que a elaboração de um contrato empresarial é uma tarefa complexa que exige conhecimento jurídico específico e atenção aos detalhes, por isso é sempre aconselhável contar com o apoio de profissionais especializados na área.

Conclusão

Em conclusão, os contratos empresariais são fundamentais para regular as relações comerciais e garantir os direitos e obrigações das partes envolvidas. A elaboração de um contrato adequado e eficaz requer atenção aos detalhes e conhecimento das leis e regulamentações aplicáveis.

Nesse contexto, o papel do advogado empresarial é crucial, pois ele possui a expertise necessária para orientar as empresas na criação de contratos bem estruturados e que estejam em conformidade com as normas vigentes. Ao contar com a assistência de um profissional especializado, as empresas podem minimizar riscos e disputas, proteger seus interesses e garantir uma base sólida para o sucesso de suas operações comerciais.

A implementação de um planejamento tributário eficiente é vital para qualquer empresa que busca a otimização de sua carga tributária.

Imposto de Renda 2023

A cada ano, milhões de contribuintes devem apresentar a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) à Receita Federal. Essa declaração é uma ferramenta utilizada pelo Governo Federal para garantir que os contribuintes estejam pagando a quantia correta de tributos. Neste artigo, abordaremos os critérios que definem quem deve declarar o imposto de renda em 2023 e as principais informações relacionadas à declaração, seguindo o estilo do renomado jurista Leandro Paulsen.

Quem deve declarar o imposto de renda em 2023?

A Receita Federal determina que todos os residentes no Brasil em 2022 que se enquadrem em pelo menos um dos seguintes requisitos devem entregar a declaração do IRPF em 2023:

  1. Rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70;
  2. Rendimentos não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 40.000,00;
  3. Receita bruta anual decorrente de atividade rural superior a R$ 142.798,50;
  4. Intenção de compensar prejuízos da atividade rural deste ano ou de anos anteriores com as receitas deste ano ou de anos futuros;
  5. Posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, com valor superior a R$ 300.000,00 em 31 de dezembro de 2022;
  6. Realização de operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
  7. Ganhos de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto;
  8. Opção pela isenção de imposto sobre ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel no prazo de 180 dias;
  9. Passagem à condição de residente no Brasil em qualquer mês de 2022 e permanência nessa condição em 31 de dezembro de 2022.

Os contribuintes devem informar na declaração do IRPF de 2023 todos os rendimentos tributáveis e não tributáveis recebidos durante o ano-calendário de 2022. É importante ressaltar que não houve alterações na tabela do IRPF em relação ao ano anterior.

Como declarar o IRPF em 2023?

Para entregar a declaração do IRPF, os contribuintes têm três opções: pelo portal e-CAC, pelo aplicativo Meu Imposto de Renda ou pelo Programa Gerador de Declaração (PGD), que deve ser instalado no computador. A declaração pode ser preenchida manualmente, a partir da declaração do ano anterior ou ainda por meio da declaração pré-preenchida com dados atuais fornecidos pela Receita Federal.

Há limitações para a declaração pelo portal e-CAC e pelo aplicativo, sendo necessário, em alguns casos, o preenchimento da declaração pelo Programa Gerador de Declaração.

Prazo para entrega da declaração do IRPF 2023

O prazo para entrega da declaração do IRPF 202

3 vai de 15 de março até 31 de maio, totalizando 78 dias para preencher e enviar toda a documentação necessária. Se a declaração não for entregue dentro do prazo estipulado, o contribuinte estará sujeito a uma multa de 1% ao mês sobre o imposto devido, com valor mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20% do imposto devido. Enquanto a documentação não for entregue à Receita, a pessoa pode enfrentar restrições no seu CPF.

Declaração em conjunto

A Receita Federal permite que cônjuges, pessoas em união estável e dependentes declarem seus bens, direitos e rendimentos em conjunto, ou seja, em uma única declaração. Para isso, basta que o titular inclua todas as informações de rendimentos e despesas das outras pessoas envolvidas.

Deduções no Imposto de Renda

Algumas despesas podem ser deduzidas na base de cálculo do imposto, o que pode reduzir o valor a ser pago. As despesas dedutíveis incluem:

  1. Plano de saúde;
  2. Pensão alimentícia;
  3. Contribuição à previdência social ou privada;
  4. Educação (exceto cursos livres e de idiomas);
  5. Gastos com dependentes.

É fundamental que os contribuintes se mantenham informados e atualizados sobre as normas e exigências relacionadas à declaração do Imposto de Renda, a fim de evitar problemas com a Receita Federal e garantir o correto cumprimento de suas obrigações fiscais. A declaração do IRPF é um processo que demanda atenção e organização, mas, ao seguir as orientações apresentadas neste artigo, os contribuintes estarão mais preparados para enfrentar essa tarefa anual.

Caso tenha alguma dificuldade ou necessite uma ajudar especializada, consulte um contador ou um advogado especializado em direito tributário.

Recebi uma cobrança judicial: O que fazer?

Introdução

Você acabou de receber uma notificação de cobrança judicial e não sabe o que fazer? Não se preocupe! Neste artigo, vamos explicar o passo a passo para lidar com essa situação e evitar complicações futuras. Acompanhe e saiba como tomar as medidas corretas!

Entenda a notificação de cobrança judicial

Ao receber uma notificação de cobrança judicial, é fundamental entender do que se trata. A cobrança judicial é um processo em que o credor busca o pagamento de uma dívida não quitada através da Justiça. Essa ação pode ser iniciada por pessoas físicas ou jurídicas e pode envolver diferentes tipos de dívidas, como empréstimos, financiamentos, aluguéis, entre outros.

Verifique a legitimidade da cobrança

Antes de tomar qualquer atitude, verifique se a cobrança é realmente legítima. Confira os dados do credor, o valor da dívida, e a data de vencimento. Caso você encontre algum erro ou inconsistência, isso pode ser um indício de fraude ou equívoco, sendo necessário procurar orientação jurídica.

Consulte um advogado

Ao receber uma cobrança judicial, é fundamental procurar um advogado especializado na área. Esse profissional poderá analisar a situação e fornecer orientações adequadas, como contestar a dívida, negociar um acordo ou até mesmo propor uma ação de revisão de contrato.

Avalie suas opções

Com a ajuda de um advogado, você poderá avaliar as opções legais disponíveis para resolver a cobrança judicial. Algumas delas incluem:

  • Negociação extrajudicial: tentativa de acordo com o credor para pagamento da dívida, evitando o prosseguimento do processo judicial.
  • Parcelamento da dívida: em alguns casos, é possível negociar o parcelamento da dívida diretamente com o credor ou por meio de um acordo judicial.
  • Ação revisional: caso haja abusos ou irregularidades no contrato, pode-se ingressar com uma ação revisional para revisar os termos e condições do acordo.

Como afastar a penhora sobre bens, salário e poupança

Em alguns casos, o credor pode solicitar a penhora de bens, salário ou poupança para garantir o pagamento da dívida. No entanto, existem medidas legais que podem ser adotadas para afastar essa penhora, preservando seus bens e renda. Veja algumas opções:

  • Bens impenhoráveis: a legislação brasileira protege alguns bens de penhora, como o imóvel de moradia do devedor, desde que este seja o único, e os bens de uso pessoal e familiar, como móveis e utensílios essenciais à vida cotidiana. Se a penhora recair sobre bens impenhoráveis, é possível solicitar seu afastamento no processo judicial.
  • Salário e verbas alimentares: em geral, os salários e verbas de caráter alimentar, como pensão alimentícia e aposentadoria, não podem ser penhorados, salvo em casos de dívidas de pensão alimentícia ou quando o valor do salário exceder o necessário para a subsistência do devedor e sua família. Caso a penhora recaia sobre essas verbas, pode-se requerer seu afastamento, demonstrando a impossibilidade de comprometimento desses valores sem afetar a subsistência do devedor e de sua família.
  • Poupança: a legislação também protege um valor equivalente a 40 salários mínimos depositados em conta poupança, considerando-o impenhorável. Se a penhora atingir valores protegidos por essa regra, é possível solicitar a liberação dos recursos.
  • Substituição de penhora: caso a penhora recaia sobre bens de difícil alienação ou que possam prejudicar a atividade econômica do devedor, pode-se propor a substituição da penhora por outros bens ou garantias que sejam suficientes para cobrir o valor da dívida. Essa substituição dependerá de análise e autorização judicial.

É importante ressaltar que o afastamento da penhora não significa o cancelamento da dívida. O devedor ainda terá a obrigação de quitá-la, seja por meio de acordo extrajudicial, parcelamento ou outros meios legais. A ajuda de um advogado especializado será fundamental para analisar cada caso e orientar sobre as melhores medidas a serem tomadas.

Cumpra as obrigações acordadas

Seja qual for a solução encontrada, é fundamental cumprir as obrigações acordadas. Isso evitará novos problemas e ajudará a preservar sua saúde financeira e seu nome no mercado.

Conclusão

Receber uma cobrança judicial pode ser uma situação estressante, mas com as informações corretas e o auxílio de um advogado especialista, é possível encontrar a melhor solução para o seu caso. Se você está enfrentando uma cobrança judicial e precisa de ajuda, entre em contato conosco. Nossa equipe de especialistas está pronta para oferecer a assistência necessária para solucionar suas dúvidas e proteger seus direitos.